É um dos nomes mais conhecidos da lista de 410 militantes que subscrevem a Moção E, e essa foi uma das razões que levou o grupo de críticos da direção do Bloco de Esquerda a escolher Pedro Soares como porta-voz principal do movimento. A decisão, confirmada à SIC por fontes oficiais da convergência, foi tomada no último sábado, no plenário de apoiantes da moção.
A decisão não surpreende. Já a 27 de fevereiro, quando a Moção E apresentou as linhas orientadoras, Pedro Soares foi o escolhido para dar a cara numa conferência de imprensa na sede do partido.
Na altura, explicou aos jornalistas que "o movimento defende um sistema de liderança de porta-vozes", mas recusou confirmar se seria ele o rosto principal.
"Estou disponível", limitou-se a dizer Pedro Soares. Agora que a decisão está fechada, o Movimento Convergência terá de decidir quem fica em lugares elegíveis para a Mesa Nacional, o órgão máximo do partido entre Convenções.
Sem grandes aspirações a derrotar a candidatura de Mariana Mortágua - que tem o apoio da maioria do partido - a presença nos órgãos dirigentes do Bloco é o foco da atuação política da Moção E e tudo começa com a eleição para a Mesa Nacional do BE.
A Moção E ainda não decidiu a composição da lista de candidatos à Mesa Nacional, mas à SIC Pedro Soares diz que "vê com naturalidade estar em posição para ser eleito". A lógica é acompanhada por figuras próximas.
"Não passa pela cabeça de ninguém que ele não estivesse em lugar elegível", ouviu a SIC. Será que não? "É improvável que Pedro Soares que esteja em lugar elegível para a Mesa Nacional", disseram à SIC apoiantes da Moção E. A decisão claramente não é consensual e há quem lembre que Pedro Soares ficou fora dos lugares elegíveis na Convenção de 2019, quando a Moção E conquistou 17 lugares na Mesa Nacional.