O diretor-executivo do SNS reconhece a dificuldade na capacidade de resposta dos cuidados de saúde. Fernando Araújo foi ouvido no Parlamento, numa altura em que aumentam as queixas dos utentes.
À porta do Hospital de Loures, Idalina Santos conta à SIC que já podia ter sido operada, mas que o processo se atrasou por causa de uma consulta de ortopedia que estava marcada para julho do ano passado, mas que acabou por ser adiada sete meses.
As fragilidades neste hospital sentem-se em mais serviços: as urgências gerais estão cheias, as pediátricas encerram durante a noite e ao fim de semana.
“A nível de consultas não tenho tido queixa, mas a nível de urgências nota-se muito mais gente, muito mais caótico”, contou uma utente à SIC.
As queixas multiplicam-se em vários hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo, com utentes revoltados com a falta de resposta do Serviço Nacional de Saúde.
“O que me dizem na triagem é que estão com espera de oito a nove horas. Uma pessoa que está com uma arritmia ouve uma notícia destas… O que posso pensar? que isto está péssimo”.
O diretor do SNS reconhece o problema dos tempos de espera, que justifica com o aumento da procura.
“Mesmo aumentando a capacidade de oferta e resposta, temos alguma dificuldade em dar solução adequada em tempo útil”, afirma Fernando Araújo.