O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) diz que os problemas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) só se resolvem com a fixação dos médicos e com a melhoria das condições de trabalho no setor público. Jorge Roque da Cunha diz que o Governo tem “ser sério” nas negociações e investir na saúde em Portugal. Caso contrário, os serviços médicos vão continuar a fechar.
“É preciso investir, não só em termos de salários, como em condições de trabalho, como em capacidade de diminuir a carga de trabalho destes médicos porque mais cedo do que tarde, com esta carga de trabalho serão ainda menos os médico no SNS”, afirma Roque da Cunha.
Para o secretário-geral do SIM, este “é o momento do Ministério da Saúde agir” e de “ser sério no processo negocial”. Os sindicatos dos médicos têm em curso um processo negocial com o Governo que dura até 30 de junho.
“Se isso não acontecer as pessoas, particularmente as mais desfavorecidas, vão continuar a ter muita dificuldade de acesso”, alerta.
Para Roque da Cunha, o investimento no SNS é crucial e há “uma solução": “O ano passado foi o ano em que mais se cobrou impostos em Portugal. É perfeitamente consensual, pelos partidos políticos, a importância do SNS.”