País

Retirados 26 idosos de lar ilegal em Moscavide

A Segurança Social fechou um lar ilegal em Lisboa, mas as famílias dos utentes estão surpreendidas e não apontam qualquer queixa aos funcionários, nem às condições.

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As famílias foram informadas pela Segurança Social que tinham cerca de 24 horas para encontrar uma solução para os idosos terem outra residência. Apesar de terem recebido uma lista de potenciais lares, nem todos têm vagas disponíveis.

"O primeiro lar que contactei (…) informaram-me que era só para sócios e eu fui ter com a assistente social e disse: então mas dão-nos uma lista e afinal não cumpre os requisitos?” e a resposta foi: “olhe, passe para o seguinte", conta à SIC uma familiar de um utente.

A SIC apurou que a Residência Sénior Luís era ilegal e não teve direito ao prazo de 30 dias para corrigir o processo de licenciamento, porque os idosos corriam riscos.

A autoridade de saúde esteve no lar, localizado na zona de Moscavide, em Lisboa, e apontou falta de higiene e de condições na instalação.

"Eu não tenho razão de queixa nenhuma do lar, aliás a minha avó esteve num lar anterior e foi super maltratada, supre desnutrida, magra, com lesões e aqui ganhou vida, chegou a dizer que aqui era a casa dela. Estava super bem alimentada, cheirosa, não lhe faltavam cuidados, tinha médico, tinha fraldas, tinha tudo", diz, em entrevista à SIC, a familiar de uma utente.

A SIC também ouviu mais relatos de pessoas que se mostram surpreendidas com o fecho deste lar. "A minha mãe era bem tratada. Chegou aqui com uma pessoa acamada, hoje e dia anda. Chegou como uma pessoa muito nervosa, teve consultas de neurologia, está uma pessoa muito mais acessível, calma a fazer as coisas, aceita entrar em atividades."

Depois do fecho, os trabalhadores ainda não sabem o que lhes vai acontecer, mas garantem que nunca houve maus-tratos.

Na Residência Sénior Luís viviam 26 idosos e cada um pagava por mês cerda de 1.200 euros.