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Relação com Presidente Marcelo continua "fluida", garante António Costa

Depois da troca de críticas, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa apareceram juntos na cimeira Ibero-americana e asseguraram que a relação entre ambos não saiu beliscada pelas divergências manifestadas publicamente.

Relação com Presidente Marcelo continua "fluida", garante António Costa
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No final da cimeira Ibero-americana, onde marcaram presença, António Costa não hesitou em garantir que as relações entre São Bento e Belém estão bem e recomendam-se. São, aliás, uma exceção na democracia portuguesa. Quanto às divergências, o primeiro-ministro desvalorizou e Marcelo explicou o que quis dizer com "maioria cansada".

“Nestes quase 50 anos de democracia não deverá ter havido algum momento onde as relações entre Governo e Presidente da República teve sido tão fluidas, normais, e diria até com progressiva amizade”, declarou António Costa ao lado do Presidente Marcelo, depois de uma semana de críticas por parte do chefe de Estado.

O primeiro-ministro fez questão de esclarecer que “não temos necessariamente que ter sempre a mesma posição sobre os mesmo assuntos”.

“Aliás, o passado já revelou que mesmo presidentes da mesma área política tiveram divergência políticas sobre casos concretos. (...) Em circunstância alguma qualquer tipo de divergência afetou minimamente as nossas relações pessoais”, lembrou Costa.

Mas não faltaram abalos nos últimos tempos, desde logo com o Presidente Marcelo a dizer que esta era uma “maioria cansada”. Questionado sobre essa afirmação, o chefe de Estado esclareceu.

“O senhor primeiro-ministro tem uma energia que está à prova, pessoalmente não dá nenhum sinal de estar cansado. Eu estava a enumerar as razões pelas quais foi um ano muito complicado (…). O que disse é que não é exatamente o mesmo ser eleito por uma maioria fresca, no sentido de acabada de eleger, que não vai enfrentar determinados problemas sem ter enfrentado antes não sei quantos problemas com o custo do cansado e desgaste que isso tem”, disse Marcelo.

E sobre o último rastilho lançado pelo chefe de Estado sobre o pacote Mais Habitação, em particular sobre o arrendamento coercivo? António Costa assegurou que o debate das medidas previstas pelo Governo dará frutos e podem surgir “alterações”, podem ser retiradas coisas, outras acrescentadas, outras serão explicadas melhor.

"Neste caso há largas centenas de contribuições, designadamente do Presidente da República, (…) nós vamos ponderar tudo”, prometeu o chefe do Governo.