A troca de contadores da luz está a causar problemas a consumidores de zonas mais remotas do país. As leituras não ficam logo disponíveis e as contas continuam a ser feitas por estimativa.
Em Santo Amaro, Foz Côa, a troca de contador tradicional por equipamento inteligente é acompanhada de queixas. E, tudo porque, afinal, mãe e filha pagaram luz por estimativa e não o consumo real como se esperava.
Quase meio ano depois da substituição do contador, a família recebeu um aviso de corte de eletricidade e a ameaça de cobrança extra pela deslocação de um funcionário à morada. Foi então comunicada uma leitura inferior à que veio reportada na fatura de dezembro seguida de uma queixa formal nos serviços.
Em resposta à SIC, a E.Redes, operadora da EDP para a gestão e distribuição de energia, explicou que "a campanha de implementação da rede inteligente em Portugal Continental é um projeto complexo e exigente, abrangendo mais de 6,4 milhões de locais de consumo".
Em locais remotos como Fonte Longa, Meda, o problema de comunicação repetiu-se. Ou seja, um contador inteligente sim, mas sem leitura real.
Diz a E.Redes que no final de 2022 estava instalado um parque de 4,6 milhões de contadores inteligentes e apenas 3, 7 milhões com serviços remotos ativos.
A contagem remota estará ativa em todo o país só no final do ano que vem.