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Da esquerda à direita: as reações ao ataque ao Centro Ismaili em Lisboa

Duas pessoas morreram esta terça-feira num ataque ao Centro Ismaili em Lisboa. Da direita à esquerda, foram já vários os políticos que se manifestaram e condenaram o ataque.

Da esquerda à direita: as reações ao ataque ao Centro Ismaili em Lisboa
Reprodução/ Twitter

Vários partidos, da direita à esquerda, reagiram ao ataque ao Centro Ismaili em Lisboa, que vitimou duas pessoas esta terça-feira de manhã.

A coordenadora do BE, Catarina Martins, foi das primeiras a reagir ao ataque e a condenar "o duplo assassinato no Centro Ismaelita de Lisboa", que tem "um trabalho imprescindível no acolhimento a refugiados", enviando condolências às famílias e a toda a comunidade ismaelita.

"Ainda perplexos com a notícia, condenamos veementemente o duplo assassinato ocorrido hoje no Centro Ismaelita de Lisboa, que desenvolve um trabalho imprescindível no acolhimento a refugiados", referiu Catarina Martins numa publicação na rede social Twitter.

O deputado único do Livre, Rui Tavares, disse estar “de alma e coração com a comunidade ismaelita portuguesa e com o Centro Ismaili de Lisboa”

“Estamos solidários com os nossos amigos, vizinhos e concidadãos para o que for necessário no apoio às vítimas.”

A deputada do PAN, Inês Sousa Real, através do Twitter, disse estar profundamente consternada e mostrou-se solidária com as famílias das vítimas.

“Ainda não sabermos as motivações do ataque ocorrido e que nos deixa profundamente consternados.”

Apelou ainda à tolerância e ao respeito por todos e refere que tudo indica para que tenha sido um ato isolado.

O líder do PSD, Luís Montenegro, condenou o “crime hediondo que a justiça deve punir exemplarmente” e deixou uma mensagem de “solidariedade e pesar às famílias das vítimas”.

“O ataque desta manhã é um crime hediondo que a justiça deve punir exemplarmente. Manifesto a minha solidariedade e pesar às famílias das vítimas e ao Centro Ismaili de Lisboa. Cumprimento a PSP pela rápida e eficaz intervenção.”

O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, caracteriza o ataque como um “ato chocante que merece uma profunda condenação”.

“Foi com profunda tristeza que soube do ataque fatal ocorrido hoje em Lisboa, um ato chocante que merece uma profunda condenação. Aos familiares e amigos das vítimas presto as minhas condolências.”

O presidente do Chega saudou a atuação da polícia na sequência do ataque no Centro Ismaili de Lisboa e defendeu que é necessário prudência por ainda não serem conhecidas as motivações do suspeito, numa primeira reação ao ataque, feita na sede nacional do Chega, em Lisboa.

"Acho que era importante saudar o esforço que a polícia fez e a atuação que a polícia teve que, aparentemente, e segundo a informação que temos, foi rápida, foi eficaz, conseguiu neutralizar o perigo", afirmou à Lusa.

André Ventura defendeu, segundo a Lusa, que situações como esta exigem prudência nas reações "até perceber que tipo de crime é que está em causa e, sobretudo, tendo em conta que, sendo praticado no contexto em que é, pode indiciar" um "crime com motivações terroristas".

"Sabemos que é um crime de enorme gravidade, para já, vamos ver se tem alguma que ver com terrorismo ou com alguma espécie de ligação religiosa ou política", apontou ainda.

O líder do Chega defendeu que, "se for terrorismo, é extremamente preocupante e é sinal" de que é necessário "implementar rapidamente outros mecanismos de controlo" da entrada de estrangeiros em Portugal.

No entanto, através do Twitter a reação do líder do Chega foi outra e André Ventura culpou a “política de portas abertas”.

“A política de portas abertas sem qualquer controlo deu nisto. O sangue destas vítimas é responsabilidade do criminoso afegão, mas está nas mãos do governo de António Costa.”

O presidente do CDS, Nuno Melo, afirma que o crime no Centro Ismaili é “gravíssimo”, acrescentando que se trata ato “movido a ódio” e que não tem lugar em “nações civilizadas”. Através do Twitter acrescentou ainda que espera que o crime seja “exemplarmente condenado pelo Estado”.

"Um crime gravíssimo, movido a ódio, sem lugar em nações civilizadas, com características raramente vistas em Portugal e que tem de ser exemplarmente condenado pelo Estado."

A ministra dos Assuntos Parlamentares manifestou-se solidária com a comunidade ismaelita, na sequência do ataque, e saudou a "pronta atuação das forças de segurança".

Numa mensagem publicada na rede social Twitter, Ana Catarina Mendes disse ter recebido a notícia "com choque" e acrescentou:

"Exprimo toda a minha solidariedade com as famílias das vítimas e a comunidade, e saúdo a pronta atuação das forças de segurança".

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, também se manifestou mostrando “grande tristeza” com a notícia deste “crime hediondo no seio da comunidade Ismaelita lisboeta”.

“Foi com grande tristeza que recebemos a notícia do crime hediondo no seio da comunidade Ismaelita lisboeta. Os meus sentimentos às famílias e a esta nossa comunidade tão importante para a cidade.”

O PCP foi o último partido com assento parlamentar a reagir. Cerca de sete horas depois do ataque, em declarações aos jornalistas à margem de uma manifestação da Interjovem/CGTP-IN, em Lisboa, Paulo Raimundo endereçou “uma palavra de condolências para os familiares das vítimas (…) e de esperança para aqueles que estão acidentados e foram violentados” no ataque no Centro Ismaili.

“É um ato naturalmente que condenamos. A questão fundamental é as condolências à família, e tudo aquilo que seja necessário agora investigar e resolver, que se resolva rapidamente”, afirmou.

Duas pessoas morreram e várias ficaram feridas esta terça-feira, num ataque com faca, no Centro Ismaili em Lisboa. O atacante foi atingido a tiro pela PSP e levado para o hospital São José. Sabe-se que o agressor é afegão.

O primeiro-ministro, António Costa, afirma que ainda é "prematuro" retirar conclusões sobre o ataque ao Centro Ismaili de Lisboa, mas "tudo indica que foi um ato isolado".

O Presidente da República apresentou ao Representante do Imamat Ismaili em Lisboa, Nazim Ahmad, sinceros pêsames pelo ato criminoso ocorrido, solicitando que os transmitisse também ao Príncipe Aga Kahn e às famílias das vítimas.

[Notícia atualizada às 18:45 com reação do PCP]