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Decisão do Presidente "é muito difícil, mas isto assim não pode continuar", diz Santana Lopes

Decisão do Presidente "é muito difícil, mas isto assim não pode continuar", diz Santana Lopes

Na opinião do presidente da Câmara da figueira da Foz “é manifesto” que as coisas não estão a correr bem ao Governo. A preocupação que Santana Lopes manifesta é como “cidadão” e não por “vingança”, esclarece. Comparação com o que se passou com o próprio em 2004 “é ridícula”, diz.

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Em declarações à SIC, este sábado, o autarca Pedro Santana Lopes esclareceu e reiterou o que disse em entrevista ao jornal Público, garantindo “não ter gosto nenhum” em fazê-lo. Ainda assim, vincou, “as coisas não têm corrido bem, é manifesto”.

“Disse que devia estar a ponderar porque tudo o que se tem passado é tão complicado que acho que até o primeiro-ministro deve estar a fazer contas à vida, a ponderar a situação”, disse Santana Lopes, acrescentando que não o diz por gosto ou por oposição ao Governo".

"Agora como cidadão, de facto as coisas têm batido num ponto que é difícil ir um pouco mais fundo. Não é por nenhuma vingança do que me aconteceu em 2004, obviamente, qualquer comparação é ridícula. O primeiro-ministro com certeza quer fazer bem, mas as coisas não têm corrido bem é manifesto", explicou à SIC.

Lembrando que o próprio Presidente Marcelo “já falou nessa hipótese [de dissolução da Assembleia da República] algumas vezes”, o que disse foi que “com certeza deve estar a ponderar. Eu não lhe peço para o fazer”.

Nestas declarações, Santana Lopes recordou aquilo que ele sugere mas mais “ninguém defende”. A solução era "este primeiro-ministro que ganhou eleições há um ano, apresentar um novo Governo [porque] ir para eleições nesta altura é complicado, é arriscado. (…) Agora, não tenho dúvidas de que o Presidente está a ponderar isso, tem de fazê-lo porque isto assim não pode continuar".

“Se a situação política continua a degradar-se desta maneira e não havendo alternativa, os extremos de facto sobem cada vez mais e a contestação social nas ruas”, alerta o autarca da Figueira da Foz, reforçando que “é muito difícil ao Presidente tomar uma decisão, mas isto assim não pode continuar”.

A situação até pode inverter-se, admite, mas “quando começa o plano inclinado para baixo, sei do que falado, é muito difícil vir para cima. Ainda por cima com a situação económico e no mundo como estão, mas oxalá” a situação do Governo mude, concluiu.