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"É sua responsabilidade": o mais recente bate-boca entre Santos Silva e Ventura

O Parlamento voltou a ser palco de um desentendimento entre o presidente Augusto Santos Silva e o líder do Chega. Desta vez a questão da discórdia foi a sessão de boas-vindas a Lula da Silva. Assista ao momento.

"É sua responsabilidade": o mais recente bate-boca entre Santos Silva e Ventura
MIGUEL A. LOPES/ LUSA
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Os primeiros minutos do debate sobre a falha do Estado Social, pedido pelo PSD e que contou com a presença da secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, ficaram marcados por um novo desentendimento entre o líder do Chega e o presidente do Parlamento.

Na primeira intervenção, André Ventura quis recuperar a questão da sessão de boas-vindas, aprovada horas antes em Conferência de Líderes.

Começando por pedir “tolerância”, o líder do Chega quis “transmitir o profundo descontentamento” do partido “com a sua decisão”, disse, dirigindo-se a Augusto Santos Silva, “de trazer ao Parlamento o Presidente brasileiro e de permitir que se confunda isso com a sessão comemorativa do 25 de Abril. É sua responsabilidade, é sua responsabilidade, é sua responsabilidade”.

Interrompendo o deputado, e pedindo desculpa por fazê-lo, Santos Silva disse a Ventura que estava “a desviar do tema do debate”.

“Se quiser fazer um interpelação à mesa, pode fazer no fim do debate, agora estamos a debater as questões relacionadas com as falhas do Estado Social e devemos ter respeito pela iniciativa do partido que marcou este debate”, apelou o presidente da AR.

Na resposta, André Ventura justificou que não o fez “precisamente para não prejudicar o debate” mas não se ficou por aqui, concluindo com: “Para nós, hoje e sempre, o lugar do ladrão é na prisão”, referindo-se a Lula da Silva.

É então que o presidente do Parlamento volta a intervir. “Fará o favor de se abster de fazer essas considerações no plenário deste Parlamento. Das duas uma: quer fazer pedido de esclarecimento à senhora secretária de Estado e fá-lo, ou quer falar sobre outros assuntos e não tem o direito de usar o pedido de esclarecimento para falar sobre esses assuntos”.

“É preciso respeitar a ordem do dia e, sobretudo, o partido que propõe o debate e o Governo”, disse Santos Silva, ponto fim ao desentendimento (mais um) entre os dois.