O antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, a mulher, Alexandra Pinho, e o ex-banqueiro Ricardo Salgado vão a julgamento por corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.
O ex-governante vai ser julgado por quatro crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais e fraude fiscal.
O Ministério Público (MP) tinha pedido, no passado dia 28 de março, a ida a julgamento dos três arguidos.
Segundo o MP, Salgado pagava a Pinho uma avença mensal de 15 mil euros para que o antigo ministro fosse uma “espécie de agente infiltrado no Governo”, como explica o repórter Diogo Torres.

A juíza referiu que, se houver prova a produzir pelas defesas, essa prova deve ser produzida na fase de julgamento porque, considera a juíza, um juiz de instrução não é um juiz de julgamento e, por isso, esse momento de analisar nova prova deve ser feito já na fase de julgamento.
Esta decisão leva ao prolongamento das medidas de coação aplicadas a Manuel Pinho, que iriam terminar amanhã. A juíza considera que o ex-governante deverá continuar em prisão domiciliária na casa em Braga, onde tem estado já há um ano e quatro meses.
Manuel Pinho acusado de vários crimes
O antigo ministro da Economia (entre 2005 e 2009) Manuel Pinho foi acusado no caso EDP de um crime de corrupção passiva para ato ilícito, outro de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais e um crime de fraude fiscal.
Foram ainda acusados neste processo a mulher do ex-ministro, Alexandra Pinho, em concurso efetivo e coautoria material com o marido de um crime de branqueamento de capitais e outro de fraude fiscal, e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, por um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento de capitais.