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Entrevista SIC Notícias

Fenprof garante: "Tem que haver recuperação do tempo de serviço e este documento não prevê"

Declarações de José Feliciano Costa, secretário-geral adjunto da Fenprof, em entrevista na SIC Notícias, num dia em que sindicatos de professores e Ministério da Educação retomam as negociações.

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O ministro da Educação volta esta quinta-feira a receber os sindicatos dos professores. Vão ser novamente discutidas as medidas apresentadas pela tutela para corrigir os efeitos do congelamento da carreira. As propostas já foram rejeitadas pelos sindicatos, que consideram que só vão criar mais desigualdades ao deixarem de fora milhares de professores, como explica José Feliciano Costa, secretário-geral adjunto da Fenprof, em entrevista na SIC Notícias.

A primeira reunião começa às 15:00, com o S.TO.P e outros dois sindicatos. Às 17:00 é a vez das nove estruturas sindicais que incluem as duas maiores federações de professores: a Fenprof e a FNE.

O anteprojeto de decreto-lei, entregue no início do mês às organizações sindicais, define um conjunto de medidas com impacto na progressão na carreira dos professores em funções desde 30 de agosto de 2005, ou seja, para quem atravessou os dois períodos de congelamento durante a última crise económica.

“Não vamos ser cúmplices de um diploma discriminatório”, garante o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, posição que José Feliciano Costa subscreve.

"Tem que haver recuperação do tempo de serviço e este documento não prevê", diz secretário-geral adjunto da Fenprof à SIC Notícias, dando exemplos concretos de situações de docentes.

Questionado sobre o facto destas negociações decorrerem numa altura em que estão a decorrer greves de professores convocadas pela Fenprof e se estes protestos não poderão demonstrar falta de abertura para chegar a um entendimento, José Feliciano Costa responde:

“Nós sempre tivemos todas as aberturas, eu recordo que estas greves distritais já estão marcadas (…) Nós também esperávamos que o Ministério tivesse uma proposta que fosse inclusiva e recuperasse o tempo de serviço”