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Más notícias? "Se tiver de haver, que seja o mais tarde possível", diz Marcelo

O Presidente da República aproveitou uma conferência com empresários em Braga para deixar recados aos responsáveis políticos. Sem nunca falar na palavra dissolução, Marcelo Rebelo de Sousa não exclui dar más notícias, mas pede sensatez e estabilidade para que não tenha de o fazer.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, intervém na sessão de encerramento do Millennium Talks Minho - COTEC Innovation Summit, realizada no Altice Fórum, em Braga
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Em Braga, na sessão de encerramento do Millennium Talks Minho - COTEC Innovation Summit, realizada no Altice Fórum, Marcelo Rebelo de Sousa falou sobre estabilidade sem mencionar a palavra “dissolução”. No entanto, falou de possíveis “más notícias” que poderá ter que dar.

A falar aos empresários, o Presidente da República pediu aos “responsáveis políticos” para facilitarem a tarefa dos responsáveis pelas empresas, não introduzindo “fatores de instabilidade, imprevisibilidade e de insegurança num período tão crucial".

E continuou, dizendo que os cidadãos agradecem a estabilidade, assim como o próprio chefe de Estado.

“Agradecem os cidadãos e agradece o Presidente da República que fica dispensado de uma decisão que é só sua e livre. Seria uma má notícia e nós dispensamos as más notícias (…) Às vezes tem de haver más notícias. O ideal é que não haja. Se tiver de haver que seja o mais tarde possível, com o mínimo de custos em termos de instabilidade.”, afirmou.

Na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu não estar refém nem do Governo, nem da oposição.

"O Presidente está no bolso dele e é livre e independente, um Presidente sensato é o primeiro a dizer que, na crise que vivemos, não faz sentido" a dissolução do Parlamento.

Apesar do recado a António Costa, de que o Governo não tomar como garantido a sua maioria absoluta, Marcelo disse também que a oposição não apresenta uma alternativa viável de governabilidade.