Milhares de pessoas desceram esta terça-feira a Avenida da Liberdade, em Lisboa, no tradicional desfile popular do 25 de Abril, que contou com a presença de partidos políticos, muitos anónimos e também com o protesto de centenas de professores.
A celebração foi a primeira de Paulo Raimundo como secretário-geral do PCP e a última de Catarina Martins enquanto coordenadora do Bloco de Esquerda. Na hora de celebrar os valores de Abril, apenas o Chega decidiu ficar de fora.
Cerca de uma hora antes do início do desfile, marcado para as 15:00, a zona do Marquês de Pombal já estava ocupada por cidadãos, identificados com partidos políticos, mas também muitos anónimos e grupos organizados, com cravos vermelhos, apitos, megafones, tambores e faixas com palavras de ordem.
Cidadãos anónimos, cravo ao peito ou nas mãos, traziam apitos e cartazes, nos quais se liam frases como "Liberdade de expressão", "A liberdade conquista-se todos os dias", "Orgulhosamente livre", "Há alturas em que é preciso desobedecer", mas onde também pediam "mais habitação", "salários justos" ou criticavam o aumento do custo de vida.
Portas abertas em São Bento
Como é tradição no 25 de Abril, a Assembleia da República e o Palácio de São Bento abriram as portas com várias iniciativas. Ana Moura levou casa Guilhermina à residência oficial do primeiro-ministro.
Já o Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, deu ‘lições’ de Parlamento. Mais tarde, subiu a escadaria e encontrou-se com António Costa na inauguração de uma escultura feita para o jardim de São Bento.
Marcha pelas ruas do Porto até aos Aliados
No Porto, milhares de pessoas participaram no desfile do 25 de Abril que percorreu as ruas da cidade e terminou na Avenida dos Aliados. A marcha partiu da antiga sede da PIDE, no Porto, local simbólico para lembrar os valores que Abril conquistou.
