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Atualização do registo de utentes tem permitido atribuir médico a 10 mil pessoas por mês

Em Portugal, estima-se que mais de 1,6 milhões de pessoas registadas no Serviço Nacional de Saúde não tenham médico de família atribuído. É o número mais elevado dos últimos oito anos.

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A retirada de utentes que não frequentam os centros de saúde tem permitido diminuir as listas de espera e atribuir médico a cerca de 10 mil pessoas por mês.

Quem não frequenta os centros de saúde há mais de cinco anos e não tem médico de família atribuído é retirado da lista e abre uma vaga para outro utente que se encontrava à espera de médico de família.

Segundo os números da Administração Central do Sistema de Saúde, avançados pelo Jornal de Notícias, a atualização regular dos utentes tem permitido atribuir uma equipa de saúde familiar, constituída por um médico e um enfermeiro, a cerca de 10 mil pessoas por mês.

O organismo tutelado pelo Ministério da Saúde esclarece no entanto que a qualquer momento as pessoas retiradas da lista podem solicitar uma nova inscrição nos cuidados de saúde primários.

As inscrições no Registo Nacional de Utentes são regularmente atualizadas, sobretudo por mudanças de morada, nascimentos ou óbitos.

Em Portugal, estima-se que mais de 1,6 milhões de pessoas registadas no Serviço Nacional de Saúde não tenham um médico de família atribuído. É o número mais elevado dos últimos oito anos.

Só em Lisboa e Vale do Tejo, a zona sob maior pressão, mais de um milhão de pessoas está em lista de espera.