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Magistrados do Ministério Público querem suspender entrada em vigor dos sorteios eletrónicos

Os magistrados avisam que as novas regras de distribuição de processos vão provocar ainda mais atrasos nos tribunais, a tutela reconhece que a nova lei pode causar problemas, mas é para manter.

justiça, tribunais
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O novo regime eletrónico de distribuição de processos foi pensado para aumentar a transparência, mas os magistrados e juízes do Ministério Público avisam que a primeira consequência será o aumento dos atrasos.

O novo regime eletrónico de distribuição de processos foi pensado para aumentar a transparência, mas os magistrados e juízes do Ministério Público avisam que a primeira consequência será o aumento dos atrasos.

"Isso vai obrigar a interromper diligências, julgamentos e o funcionamento normal do tribunal para as pessoas poderem reunir aquela hora para assinar uma ata. Volto a dizer que vão certificar uma coisa para a qual não têm conhecimentos técnicos”, disse Paulo Lona do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público

Os magistrados dizem que vão certificar o funcionamento de um programa informático que não sabem como funciona. O Governo assegura que vai verificar os obstáculos que possam surgir.

“É bastante provável que resultem alguns obstáculos. Alertei para o facto de que trazia maior burocracia. Aquilo que o Governo faz é, somente, cumprir aquilo que a lei da Assembleia da República estabelece. Nada mais do que isso”, referiu Catarina Sarmento e Casto, ministra da Justiça.

Os magistrados pretendem que a lei seja alterada e que até lá fique suspensa a entrada em vigor. Um pedido que teve uma resposta clara por parte da tutela.

“Não! Nós vamos pôr em prática a lei da Assembleia da República, foi aliás isso que todos nos pediram e portanto é só isso que estamos a fazer”, respondeu a ministra da Justiça.

A nova lei entra em vigor na próxima semana se, até lá, nada mudar.