Luís Montenegro, líder do PSD, não terá declarado o valor de uma moradia em Espinho, contudo, o social-democrata diz que as obrigações legais foram todas cumpridas.
A investigação do Expresso fala de uma moradia de seis pisos com mais de 800 metros quadrados de área total de construção bruta.
A nova casa de Luís Montenegro, em Espinho, terá cinco quartos, um escritório, oito casas de banho, um jardim vertical, varandas e terraços e, segundo o semanário, nas declarações de rendimentos e património que o líder do PSD entregou até 2022 não terá informado o Tribunal Constitucional sobre o valor efetivo da nova moradia e de onde veio o dinheiro para a pagar.
“Todas as despesas foram devidamente registadas", disse Montenegro
Luís Montenegro, em resposta ao Expresso, disse que "todas as despesas foram devidamente registadas, faturadas e pagas por fundos próprios da família".
Acrescentou que "o custo final foi obviamente o somatório de todas as despesas"e que "não foi contestada a avaliação da Autoridade Tributária quando esta fixou o valor patrimonial do imóvel".
Montenegro voltou a frisar que "no que concerne às obrigações declarativas, foram todas cumpridas nos termos da lei".
Políticos são obrigados a comunicar alterações patrimoniais
O Expresso lembra que a lei obriga os políticos a darem conta de qualquer alteração patrimonial superior a 50 salários mínimos, ou seja, a 35 mil euros.
Em reação a este a notícia de hoje, o PSD acrescentou em nota de esclarecimento que o bem imóvel referido é o primeiro a constar da declaração entregue no Tribunal Constitucional, sendo que o formulário não tem nenhum campo para indicação do valor patrimonial.
Diz ainda o gabinete de comunicação do partido que a notícia publicada tem um intuito político indisfarçável que se repudia e que o presidente do PSD não deve nada a ninguém, viveu sempre do seu trabalho e tem total liberdade e independência para exercer funções públicas.