O presidente do Partido Social Democrata, Luís Montenegro, reagiu esta quarta-feira, em Leiria, à continuação de João Galamba no Executivo e à postura do primeiro-ministro que tem posto em causa a cooperação institucional com o Presidente da República.
Apesar do assunto já estar encerrado para António Costa, a polémica que envolve o Ministério das Infraestruturas ainda “faz correr muita tinta”, especialmente por parte dos outros partidos políticos.
Para o líder do PSD, ainda nada está claro sobre o que realmente aconteceu.
“Há explicações que são devidas e o ainda ministro irá seguramente dar quando for ouvido na comissão parlamentar de inquérito, tendo sido uma das nossas pretensões que essa audição fosse acelerada”, explicou Luís Montenegro.
Por outro lado, Montenegro permanece com dúvidas a respeito da ação de António Costa e as suas motivações para não aceitar a demissão do ministro das Infraestruturas e mantê-lo no cargo, algo que foi também criticado pelo Presidente da República.
“Também está por explicar o que move o primeiro-ministro, o que está por detrás deste postura, não só em não aceitar a demissão, como fazer este braço de ferro com o Presidente, quebrando o que foi sempre uma relação de cooperação institucional nos últimos anos”, indagou.
O requerimento da Iniciativa liberal para a “audição imediata” de João Galamba na Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da TAP já foi aprovado no Parlamento.
O requerimento pediu máxima urgência, mas, por questões de agenda, ainda não existe data.
O requerimento tem por base as acusações do ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, Frederico Pinheiro, e a resposta de João Galamba sobre os acontecimentos que levaram, inclusivamente, à intervenção do SIS.