As escolas tiveram dificuldades em instalar a aplicação para a realização dos exames e há mesmo quem tenha necessitado adiar as provas de aferição por não ter as condições todas reunidas. Face a isso, os diretores lamentam que as orientações tenham chegado muito tarde.
“Parece-me um bocado prematuro [os exames digitais], especialmente nos níveis de escolaridade mais baixos”, disse o professor João Marôco.
“Portugal já teve uma tentativa de digitalização no ensino com os computadores magalhães. Agora, com a pandemia, foi feita mais uma tentativa apressada e desordenada de digitalizar o ensino e as escolas. Mas a verdade é que os problemas que existiam [antes] não foram resolvidos”, acrescentou.
As escolas acusam o Governo de falta de preparação, referindo até que muitas não têm técnicos de informática, tornando-se uma dificuldade acrescida na hora da realização das provas. Contudo, os professores têm feito um trabalho extra para que tudo corra dentro da normalidade, explicou João Marôco.
Os professores nomeados para os 27 agrupamentos de exames do Norte, Centro e Lisboa manifestaram a intenção de deixar de exercer funções para assegurar a correta realização das provas de aferição.