País

Rotatividade das urgências não está relacionada com morte de bebé no Algarve, garante ministro

O ministro da Saúde diz também que duvida que o transporte de ambulância do bebé que acabou por falecer no Hospital de Portimão fosse mais eficaz do que uma transferência por helicóptero.

Loading...

Quando os médicos que assistiram o bebé de 11 meses em Portimão perceberam que era essencial transferir a criança para os cuidados intensivos neo-natais de Faro, foi impossível recorrer à TIP - a ambulância de Transporte Inter-hospitalar Pediátrico - que estava inoperacional desde a noite anterior por falta de médico especialista.

O INEM acabaria por decidir enviar o helicóptero do Algarve, estacionado em Loulé. A decisão foi errada, aos olhos do sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar, que veio lembrar que o helicóptero tem apenas uma equipa convencional e não uma especializada.

“Tenho dúvidas que a resposta da ambulância fosse mais célere do que a resposta do helicóptero. Mas, repito, não é a mim que me compete fazer essa avaliação”, disse esta terça-feira o ministro da Saúde.

Manuel Pizarro diz que é preciso aguardar pelas conclusões do inquérito aberto pela Inspeção Geral de Saúde, mas nega que o funcionamento em rotatividade das urgências esteja relacionado com a morte da criança.

Um bebé de 11 meses morreu na sexta-feira ao final de tarde no hospital de Portimão enquanto aguardava transferência para Faro. Segundo fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), quando as equipas se preparavam para transportar o bebé para o hospital de Faro de helicóptero, o seu estado clínico agravou-se, tendo a criança acabado por morrer ao final da tarde.