Costa embarca na TAP, faz escala no SIS e aterra na Educação
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Costa embarca na TAP, faz escala no SIS e aterra na Educação

Os partidos falaram da TAP, do SIS e de Galamba. Houve, também, referências à operação Tutti Frutti que visa Fernando Medina e Duarte Cordeiro. Perante tudo, Costa mantém a confiança em todos os ministros e insiste nos resultados positivos da economia e nas medidas adotadas para a Educação e Saúde.

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"Sejamos humildes, este debate não ficará em história nenhuma", responde Costa a Rui Tavares

Costa embarca na TAP, faz escala no SIS e aterra na Educação

Carolina Botelho Pinto

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Na última intervenção no debate sobre política geral na Assembleia da República, o deputado único do Livre ironizou para o primeiro-ministro: “Se um dia tivermos que escrever a história da degradação democrática do nosso país, o vírus estava na linguam e no momento revelador dessa doença quando o Livre usou a palavra ‘charco’".

Rui Tavares referia-se ao momento, na ronda anterior, em que António Costa recomendou que Rui Tavares se vacinesse contra o populismo, que comparou a um vírus.

Na resposta, já nesta segunda ronda, António Costa atirou entre sorrisos: “Tenhamos alguma humildade, este debate não ficará em história nenhuma”.

Nas poucas palavras que utilizou para retorquir a Rui Tavares, o primeiro-ministro esclareceu ainda - em resposta às perguntas colocadas - que o subsídio de desemprego para as vítimas de violência doméstica a pedido destas já está “no circuito legislativo”, que “vamos ver” se o passe nacional ferroviário a 49 euros estará mesmo em vigor já em junho e que o Governo “já aprovou o diploma tornando obrigatório que os bancos tenham uma oferta de taxa fixa para os clientes” de crédito habitação.

Inês Sousa Real: "Está o caos nos transportes públicos. Está disponível para reavaliar?"

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Carolina Botelho Pinto

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A porta-voz do PAN questionou o primeiro-ministro se está disponível para reavaliar a suspensão da obra da linha circular do metro de Lisboa, afirmando que se tem assistido na Área Metropolitana de Lisboa ao “caos total nos acessos do dia a dia” e acusou mesmo o Governo de ser “teimoso” ao não suspender a obra em 2020, após deliberação da Assembleia da República.

“Está o caos nos transportes públicos. Põe em causa a acessibilidade dos portugueses. Está disponível para reavaliar?”, questionou Inês Sousa Real.

O primeiro-ministro foi claro na resposta: “a última coisa que passa pela cabeça de alguém é parar uma obra em curso”, afirmou, acrescentando ser natural que as obras causem incómodos e que esta obra em questão é uma “mais-valia”.

Inês Sousa Real interpelou ainda o chefe de Governo sobre os apoios às famílias no mercado de arrendamento e crédito habitação, questionando António Costa se pretende incluir neste pacote de apoios os créditos ao consumo. O primeiro-ministro esclareceu que a opção assumida foi dar prioridade ao mercado de arrendamento e explicou porquê:

“A opção política que foi assumida na lei de bases da habitação é dar prioridade ao fomento do mercado de arrendamento em detrimento de compra de casa própria. Todos na minha geração, por ausência de mercado de arrendamento, tivemos de viver endividados muitos anos e sabemos o custo social que isso teve”, disse.

A porta-voz do PAN lamentou ainda que, a meio do ano, o Estado não tenha ainda avançado “nem com um cêntimo” nos apoios à proteção animal. Em resposta, o primeiro-ministro comprometeu-se a “ver o que se passa”.

Costa tem um recado para Rui Rocha: "Não insulte os profissionais dos serviços de informações"

António Costa acusou Rui Rocha de ofender os profissionais e dirigentes dos serviços de informações e voltou a defender a sua atuação na noite de 26 de abril em relação ao computador do ex-adjunto Frederico Pinheiro.

Costa: "não consigo resolver todos os problemas herdados do passado"

Maria Madalena Freire

Maria Madalena Freire

Costa embarca na TAP, faz escala no SIS e aterra na Educação
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Catarina Martins já não regressa. Desta vez é Joana Mortágua que toma as rédeas da bancada do Bloco de Esquerda e a deputada escolhe o tema dos professores para questionar o primeiro-ministro.

“Apesar de reconhecer que a luta dos professores é justa, o Governo continuou com o clima de confrontos com o decreto de serviços mínimos”, comenta a deputada.

Não há aulas, porque não há professores, não por estarem em greve, mas porque não são colocados, segundo a bloquista.

“O direito à greve deve ser respeitado, mas comporta também serviços mínimos, mas não é o Governo que fixa, é o Tribunal Arbitral. O Governo tem mantido uma trajetória coerente perante aquilo que se comprometeu com os professores. Acabamos com o congelamento e pusemos o relógio a andar”, explica Costa.

Ao longo deste ano, o Governo de Costa procurou ter em conta o que foram ouvindo, mas continua sem concordar com a recuperação integral, tendo em conta o esforço do país para recuperar após os cortes nos anos da Troika.

“Os salários que foram cortados não foram repostos, as pensões cortadas não foram repostas, tinha muito gosto, não consigo resolver todos os problemas herdados do passado, resolvi na medida em que era justo. Demos agora um passo também justo, sendo que o congelamento não atingiu igualmente todos os professores e introduzimos mecanismo de aceleração da carreira”, explica o primeiro-ministro.

Intervenção do SIS? “Se não estiver de acordo, apresente uma moção de censura”, desafia Costa

O primeiro-ministro desafiou hoje o PSD a apresentar uma moção de censura se não concorda com a sua avaliação de que os serviços de segurança atuaram bem na recuperação do computador de um ex-adjunto do Ministério das Infraestruturas.

"Portugueses não vivem no mundo maravilhoso do PS"

Maria Madalena Freire

Maria Madalena Freire

A Iniciativa Liberal mostrou a vontade de discutir a realidade económica e Rui Rocha refere que “o discurso do “agora é que vai ser” não corresponde à realidade, os portugueses vivem a realidade”.

“Vamos a dados concretos da realidade: em Portugal em 2021 e 2022 quase 40% das crianças e jovens que frequentam ensino público precisam de ação social escolar. Em Portugal, nesta altura, 10% dos trabalhadores são pobres. Os senhores estão contentes com esta realidade? Eu não estou. Salário médio por trabalhador diminui 0,6% . O problema é que os senhores estão no poder há 8 anos, eu não estou contente com a governação e devem assumir a responsabilidade”, relata Rocha.

Na vez da resposta, António Costa decidiu fazer um aparte, em que confessa ter estado certo na razão pela qual Cotrim de Figueiredo se entendeu “libertar de papel de líder da bancada da IL”.

“Bem haja, deputado Cotrim de Figueiredo, que se mantenha vacinado ao contágio do vírus”, retorque Costa.

Voltando aos assuntos económicos, Costa traz o trabalho de casa feito e relata que “desde 2015 até agora saíram da situação de pobreza 700 mil pessoas.”

“A taxa de pobreza e exclusão social reduziu 7% desde 2015. O senhor deputado o que propõe para os trabalhadores pobres é substituir o salário mínimo nacional para um salário municipal”, conclui Costa.

No que diz respeito a antecessores políticos, a IL relembra que é melhor não discutir isso com António Costa e o Partido Socialista.

Relembre-se que quem antecedeu ao primeiro-ministro como líder foi José Sócrates.

António Costa: “Nunca informei o senhor Presidente sobre a intervenção do SIS, que fique claro”

No Parlamento, o primeiro-ministro esclareceu que na noite do episódio no Ministério das Infraestruturas, falou com o Presidente da República, mas não sobre a intervenção do SIS.

Costa mantém “toda a confiança política” em Medina e Cordeiro

António Costa
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O líder do Chega, André Ventura, desafiou o primeiro-ministro a demitir Fernando Medina e Duarte Cordeiro "ainda hoje", mas António Costa recusou, garantindo que mantém a confiança política em ambos.

"Treta atrás de treta a tarde toda", acusa Chega

Maria Madalena Freire

Maria Madalena Freire

O Chega é o único partido que não muda de porta-voz, mais uma vez André Ventura vs. Costa e, também, mais uma vez acusações do líder do primeiro-ministro dizer “treta atrás de treta a tarde toda”.

O assunto também é o mesmo: a TAP, a indemnização de Alexandra Reis e o SIS.

Mais uma vez, a dúvida sobre a intervenção de Mendonça Mendes e, assim, o partido Chega admite querer questioná-lo diretamente. No entanto, o Presidente da Assembleia da República em exercício diz que não lhe compete, mas ao primeiro-ministro organizar as respostas.

“Eu acho que o primeiro-ministro e o Governo estão com um problema de memória. A cada dia que passa há uma nova contradição”, reforça Ventura.

Nesta altura, existe mais críticas da bancada parlamentar do Chega e não tanto perguntas. Por isso, as respostas do primeiro-ministro também são repetitivas.

Mithá Ribeiro regressa com a Educação

O deputado Gabriel Mithá Ribeiro traz a debate um tema inovador para a bancada do Chega: a educação e, principalmente, a valorização dos professores, especialmente no combate à violência que sofrem nas escolas.

“Estou totalmente de acordo que é preciso combater a burocracia e está em curso uma avaliação precisamente de todo o funcionamento educativo para ver quais são as cargas burocráticas que existem e como deve ser eliminada”, responde António Costa.

O primeiro-ministro também refere o novo diploma que foi apresentado há poucas semanas que, segundo o Executivo, permite que os professores deixem de ter a “casa às costas”.