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Farmácias vão passar a dispensar medicamentos contra o cancro ou o VIH

O ministro da Saúde disse que a medida entra em vigor no segundo semestre deste ano e que vai beneficiar mais de 150 mil utentes. Manuel Pizarro explicou também a nova lei da saúde mental.

Dispensa de medicamentos
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As farmácias vão passar a dispensar medicamentos contra o cancro ou o VIH, que até aqui eram levantados apenas em hospitais. Esta decisão é o passo que permite reduzir a poucos metros distâncias até agora de quilómetros.

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garante que a medida entra em vigor no segundo semestre deste ano e que vai beneficiar mais de 150 mil utentes.

“Estamos apenas a tratar de uma forma diferente de entregar aquilo que já entregamos. Em vez de obrigar-mos as pessoas a fazer centenas de quilómetros para ir ao hospital, estamos a colocar o medicamento na farmácia à escolha da pessoa”, explicou Manuel Pizarro.

A medida inscrita no Orçamento do Estado já foi testada em alguns pontos do país e está prestes a ser alargada, o que obriga a uma formação dos farmacêuticos.

“Temos de combater o estigma da doença mental”

A lei da saúde mental foi alterada ao fim de 20 anos, depois da aprovação no Parlamento, o ministro da Saúde garante que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a preparar-se para dar uma resposta.

“Temos recursos financeiros muito importantes do PRR e estamos a criar equipas de saúde mental comunitárias. É um esforço que temos de fazer progressivamente. Havia muitas disposições da lei que está vigor e eram disposições que remetiam para um certo estigma da doença mental e temos de combater esse estigma”, disse o ministro da Saúde.

A nova lei passa a limitar o uso de medidas coercivas em pessoas com doença mental e o fim do internamento de duração ilimitada para inimputáveis.