A Madeira quer um tratamento diferente entre consumidores e traficantes de drogas sintéticas. A lei, tal como está, considera todos os que sejam detidos na posse destas drogas como traficantes.
O ano vai a meio e os internamentos compulsivos devido a psicoses tóxicas seguem a tendência dos últimos anos na Madeira. No fim de abril, a soma ia já em 27 pessoas a precisar de cuidados psiquiátricos por consumo de drogas sintéticas.
Mas à luz da lei atual, são todos considerados traficantes, um quadro que quem trabalha na prevenção quer mudar.
Nelson Carvalho, diretor do serviço de prevenção de toxicodependência, luta há 10 anos pela equiparação das novas substâncias às drogas clássicas, mas tem esbarrado em muitos entraves, um deles é não existir quem faça a distinção entre o que é consumo e o que é tráfico.
Em março deu entrada uma proposta na Assembleia da República para alterar a lei. Sara Madruga da Costa, deputada do PSD eleita pela Madeira, é a primeira subscritora da proposta e explica que não quer legalizar as novas drogas, quer só garantir tratamento a quem consome.