A tempestade que atravessa o país dirige-se para o continente, depois de ter feito estragos nas ilhas. Nos Açores foram registadas quase 60 ocorrências e na Madeira pelo menos 95 pessoas ficaram desalojadas.
Nos Açores, uma derrocada de grandes dimensões atingiu a única estrada que dá acesso à Ribeira Quente, em São Miguel.
A freguesia ficou sem eletricidade, sem rede de telemóveis e esteve completamente isolada durante a noite. Cerca de 50 pessoas ficaram retidas na freguesia vizinha.
Os trabalhos de remoção de troncos, terra e pedras permitiram restabelecer o acesso à Ribeira Quente, apesar do perigo.
Na ilha de São Miguel foram registadas 59 ocorrências que não causaram feridos.
No outro arquipélago
Já no Funchal, é num neste quartel militar que estão alojadas dezenas de famílias. 18 pessoas foram retiradas de casa por causa de um deslizamento de terreno, na freguesia de Santo António.
Uma das residentes, a Helena, vai ser mãe pela segunda vez dentro de poucos dias e, enquanto estiver no quartel, vai contar com a ajuda de
uma enfermeira parteira.
Às seis famílias que passaram aqui a noite, juntaram-se 41 pessoas, devido à falta de estabilidade do edifício onde vivem, que era um problema antigo que piorou com a chuva.
A Proteção Civil acredita que o pior já terá passado. Ao todo foram registadas mais de 200 ocorrências.
Durante as próximas 48 horas as autoridades vão estar atentas, sobretudo a possíveis deslizamentos de terra.
A tempestade desloca-se para continente. As regiões norte e centro vão ser as mais afetadas na quinta-feira. Estão previstos aguaceiros fortes, acompanhados de trovoada e agitação marítima.
A Proteção Civil deixa o alerta para a possibilidade de existirem cheias, inundações e lenções de água nas estradas. O tempo vai continuar instável até ao fim de semana.