A ministra da Defesa, Helena Carreiras, foi ouvida esta quarta-feira no Parlamento sobre a polémica com 13 militares da Marinha, que em março se recusaram a embarcar numa missão no navio ‘Mondego’ para o acompanhamento de uma embarcação russa, ao largo da ilha da Madeira. A governante afirmou que se tratou de uma situação “inaceitável” porque as “ordens não são negociáveis”, a não ser que sejam ilegais.
“É inaceitável o ocorrido no dia 11 de março, quando o NRP ‘Mondego’ se encontrava com uma prontidão de duas horas e em condições de segurança para navegar após a avaliação de quem tinha essas competências”, defendeu a ministra da Defesa, sublinhando que “esta conduta dos marinheiros colocou em causa a cadeia hierárquica”.
Helena Carreiras reforçou ainda, numa audição na comissão de Defesa a pedido da Iniciativa Liberal, que “as ordens não são negociáveis, só há espaço para desobedecer a ordens ilegais”.
“A disciplina militar é indispensável para assegurar a eficácia de missões mesmo quando se discorda ou em situações de elevado risco, inclusive de guerra”, rematou a governante.
A ministra da Defesa foi ainda questionada sobre o alegado atraso na criação da escola de ciberdefesa, respondendo que o Governo “tem prosseguido com um investimento na capacidade de ciberdefesa, propondo-se aumentar as verbas em 39%.”