País

Exames nacionais do secundário começam em clima de greve de professores

A primeira fase dos exames nacionais para os alunos do ensino secundário começa esta segunda-feira. As provas de Português e Português Língua Não Materna do calendário. Decorre também o exame de Português Língua Não Materna para os alunos do 9.º ano.

Exames nacionais do secundário começam em clima de greve de professores
Siriporn Wongmanee / EyeEm

Os exames nacionais do ensino secundário arrancam esta segunda-feira com a prova de Português do 12.º ano. Durante o período dos exames, os sindicatos de professores convocaram greve às avaliações finais dos alunos, que serão sujeitas a serviços mínimos por decisão do tribunal arbitral.

Para além do exame nacional de Português e Português Língua Não Materna do 12.º ano, para esta segunda-feira estão também agendados os exames de Mandarim e Italiano do 11.º ano. A primeira fase dos exames decorre até dia 3 de julho, para os alunos do ensino secundário.

Está ainda a decorrer a primeira fase dos exames nacionais de 9.º ano. Esta segunda-feira está agendada a prova final de Português Língua Não Materna, enquanto o exame de Português - o último da primeira fase para os alunos que terminam o terceiro ciclo - irá decorrer na sexta-feira, dia 23 de junho.

A segunda fase dos exames nacionais realiza-se entre 20 e 26 de julho, para o ensino secundário, e entre 19 e 21 de julho, para o alunos do 9.º ano.

Professores em greve, mas com serviços mínimos

No final de maio, a plataforma sindical que reúne nove estruturas representativas dos professores, incluindo as duas federações -- FNE e Fenprof -- anunciou a marcação de greves aos exames nacionais e avaliações finais, tendo no mesmo dia o Ministério da Educação reagido ao anúncio com outro: o pedido de serviços mínimos.

O tribunal arbitral decretou os serviços mínimos para as avaliações finais dos 9.º, 11.º e 12.º anos e para a prova final de matemática do 9.º ano de 16 de junho, tendo os sindicatos anunciado entretanto um recurso para o Tribunal da Relação para contestar a legalidade dos serviços mínimos decretados.

Calendário de exames nacionais - 9.º, 11.º e 12.º anos

16 de junho (sexta-feira):

  • Matemática (9.º)

19 de junho (segunda-feira):

  • Português Língua Não Materna (9.º)
  • Português e Português Língua não Materna (12.º)
  • Mandarim (11.º)
  • Italiano (11º)

20 de junho (terça-feira):

  • Geografia A (11.º)
  • História da Cultura e das Artes (11.º)

21 de junho (quarta-feira):

  • Biologia e Geologia (11.º)
  • Francês (11.º)

22 de junho (quinta-feira):

  • História A (12.º)
  • Espanhol (11.º)

23 de junho (sexta-feira):

  • Português (9.º)
  • Economia A (11.º)
  • Alemão (11.º)

26 de junho (segunda-feira)

  • Física e Química A (11.º)
  • Literatura Portuguesa (11.º)

27 de junho (terça-feira):

  • Filosofia (11.º)

28 de junho (quarta-feira):

  • Matemática A (12.º)
  • Matemática Aplicada às Ciências Sociais (11.º)
  • Latim (11.º)

30 de junho (sexta-feira):

  • Desenho A (12.º)
  • Inglês (11.º)

3 de julho (segunda-feira):

  • Geometria Descritiva A (11.º)
  • História B (11.º)

Quase 150 mil alunos inscritos para primeira fase dos exames do secundário

Quase 150 mil alunos do ensino secundário estão inscritos para ir à primeira fase dos exames, na maioria dos casos para poderem depois candidatar-se ao ensino superior, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Ministério da Educação.

A primeira fase dos exames nacionais arranca na próxima segunda-feira e, ao longo de 10 dias, serão realizadas 262.518 provas por 149.686 alunos.

A maioria dos estudantes, muitos deles inscritos para mais do que uma disciplina, vai a exame com o objetivo de poder depois utilizá-lo na candidatura ao ensino superior (74%), ainda que apenas pouco mais de metade afirme já que será candidato.

Cerca de 21% pretende utilizar o exame para melhorar a classificação interna, havendo ainda 6% que precisam da nota para passar à disciplina.

Dos 66.201 rapazes e 83.485 raparigas inscritos, a esmagadora maioria está em cursos científico-humanísticos (86%). São sobretudo os alunos de ciências e tecnologia, com 66.740 inscritos (46%), além de 31.895 alunos de línguas e humanidades, 16.886 de ciências socioeconómicas e 7.878 de artes visuais.