Uma organização do Porto, que serve 400 refeições por dia aos mais pobres, diz que está grandes dificuldades. O dinheiro diminuiu porque os donativos caíram para metade e o número de pessoas a precisar de ajuda aumentou com a chegada de imigrantes.
“Temos um fenómeno novo da migração, são muitas pessoas, de 16 países”, diz o padre Rubens Marques, da Porta Solidária. É necessário “cuidado com a comida, pois os migrantes não comem tudo o que os europeus estão habituados. Mas só dá mais trabalho, e não mais despesa”.
A Porta Solidária recebe todos os dias centenas de imigrantes, que vieram à procura do sonho europeu mas esbarraram no básico. No Porto encontraram paz, mas falta pão, trabalho e habitação acessível.
“Pago mil euros de renda. Como estamos apenas a começar, ainda não tenho os documentos necessários para ter um emprego mais estável”, diz uma das pessoas presentes na organização, que recorre às cantinas para poupar.
Verão preocupa e organização pede ajuda
Os donativos de famílias e empresas caíram para metade em comparação com os anos da pandemia. A organização está preocupada com os próximos meses.
“No verão não há ofertas e se a despensa não encher agora pode ser uma desgraça. Neste momento já não está em risco, mas temos receio em relação ao verão”, diz Rubens Marques.
Graças ao espírito de missão engana-se a fome a imigrantes e pessoas em situação de sem abrigo e idosos carenciados. No entanto, sem donativos não há milagres e a igreja estende a mão.
“Precisamos de todos os alimentos”, afirma o padre.