Antes de uma visita a um centro de saúde em Lisboa, o líder do Chega foi questionado sobre as notícias que dão conta de que o primeiro-ministro poderá vir a ser candidato à presidência do Conselho Europeu. A confirmar-se, André Ventura defendeu que o Presidente Marcelo terá de intervir, dissolvendo o Parlamento e convocando eleições antecipadas.
Neste cenário, em que António Costa deixaria o Governo antes do fim da legislatura, para o líder do Chega a dissolução seria a única solução, tendo em conta que quem ficaria como primeiro-ministro seria Fernando Medina.
“Basta pensarmos. Pedro Nuno Santos já saiu do Governo. Se António Costa saísse do Governo e fosse para Bruxelas e o Presidente da República decidisse manter este Executivo, isto significaria que era Fernando Medina que ficava como primeiro-ministro. Eu acho que não preciso de explicar o escândalo que seria”, disse André Ventura.
Nestas declarações, André Ventura comentou ainda a polémica dos últimos dias: o apoio às rendas, apelando ao Presidente Marcelo para que vete as alterações às regras de acesso ao apoio, por serem, disse, “uma fraude à lei”.
"[O Governo quis] através de norma interna, tentar mudar o que está consagrado na lei”, contesta Ventura, que já propôs uma audição do ministro das Finanças no Parlamento.