O SEF, em colaboração com a PJ, acreditava que numa casa na aldeia de Fornelos estava os cabecilhas do grupo criminoso. Só depois da entrada forçada de alguns agentes houve resposta.
Uma pequena fresta foi suficiente para se dar início à busca e ir ao encontro dos principais suspeitos. Os donos estavam na sala. Um casal que, alegadamente, comanda uma rede que forjava a legalização e contratação de trabalhadores sul americanos, que através de empresas de fachada, eram depois subcontratados por empresas e fábricas de construção em toda a Europa.
O negócio gerava dinheiro para impostos e contribuições à segurança social, que nunca foi entregue por ausência dos vínculos legais que os próprios trabalhadores acreditavam ter.
Esta casa foi revistada a fundo. Por falta de colaboração dos suspeitos, dois cofres tiveram de ser arrombados com a ajuda dos bombeiros.
Ao todo foram apreendidos 497 mil euros em notas, muitos artigos de luxo e cinco automóveis de gama alta.
Buscas no Porto e em Paris
Para além desta aldeia nos arredores de Barcelos, as buscas passaram também por outras casas e empresas no Porto e Paris.
Foram detidas cinco pessoas de nacionalidade portuguesa, que vão ser presentes ao juiz esta terça-feira. São suspeitos da prática dos crimes de auxílio à imigração ilegal, angariação de mão de obra estrangeira ilegal, falsificação de documentos, falsidade informática e branqueamento.
A rede terá enganado perto de 300 imigrantes. Na maioria, brasileiros, colombianos e peruanos, que eram destacados para vários países do espaço Schengen para trabalharem em projetos de construção civil e obras públicas e também em fábricas de material de construção.