Volvidos 14 meses e 16 reuniões depois, o Ministério da Saúde e os sindicatos dos médicos ainda não chegaram a um acordo sobre as carreiras e as grelhas salariais. A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) mantém o pré-aviso de greve para os dias 5 e 6 de julho.
Jorge Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), diz que, para já, “está tudo na mesma”.
"Não nos foi ainda apresentada formalmente qualquer proposta. Está tudo na mesma, com a indicação de que até amanhã poderá mudar em relação ao valor que será pago em termos gerais aos médicos, que neste momento auferem 1.000 euros líquidos".
O secretário-geral do SIM afirma que “compreende a dificuldade”, mas acusa o "senhor Medina de evitar encontrar uma solução” sobre a questão salarial dos médicos do Serviço Nacional de Saúde.
Greves podem prolongar-se até agosto
Já a FNAM mantém o pré-aviso de greve para os dias 5 e 6 de julho e garante que a paralisação só será desconvocada quando o Governo apresentar propostas concretas que sirvam os interesses dos médicos.
"Os médicos são muito necessários para o SNS. É lamentável esta situação, em que 1,7 milhões de utentes não têm medido de família, além do caos que se vive nos hospitais", pontua Joana Bordalo e Sá, da FNAM, confirmando que a greve vai continuar e pode avançar se as coisas não mudarem.
O prazo das negociações termina esta sexta feira, dia em que os sindicatos dos médicos e ministro da Saúde voltam a sentar-se à mesma mesa.