António Costa quer manter o lugar no Conselho Europeu, mas apenas como primeiro-ministro. Ser candidato a presidente, no próximo ano, garante que nem pensar e mantém o que já disse.
“Mas quantas vezes é que tenho de responder à mesma pergunta? Ainda não sei bem o que não foi compreendido”.
O primeiro-ministro afasta rumores e notícias que o colocam como favorito ao cargo europeu.
Já Luís Montenegro, que também esteve em Bruxelas, desvaloriza o assunto e acredita que é “um fait divers e que dá muito jeito ao Dr. António Costa”.
"É um fait divers, mas os senhores jornalistas, que dão as notícias, é que sabem quem são as vossas fontes", responde António Costa.
Para já, quem conduz as reuniões dos líderes europeus é o belga Charles Michel, que viu esta cimeira a terminar sem acordo em relação às migrações. A Polónia e a Hungria bloquearam todas as propostas apresentadas.
Tal como há duas semanas, Varsóvia e Budapeste ficaram isolados, quando a maioria dos ministros da Administração Interna chegou a um primeiro acordo sobre a fórmula para redistribuir requerentes de asilo.
Ninguém é obrigado a acolher refugiados, mas quem não o fizer terá de ser solidário de outra forma.
Esta posição de Viktor Orbán não surpreende António Costa que, na sua perspetiva “assenta numa visão profundamente errada do que são os valores europeus”.