Apesar dos protestos da Embaixada da Ucrânia, a associação liderada por russos, em Setúbal, vai continuar a ser classificada como "ucraniana" pelo Comissariado das Migrações.
O casal de russos com ligações ao Kremlin e a organização não constaram da “lista negra” da União Europeia e esta foi a justificação apresentada.
No entanto, a “lista negra” tem quase 10 anos, e remonta à altura em que a Crimeia foi anexada pela Rússia, aliás apenas aplica sanções a 21 altos-comandos militares e políticos do Kremlin.
Uma lista desatualizada, que não tem em conta a invasão da Ucrânia em 2022, nem a atual guerra, e na qual também não faria sentido estarem os nomes de dois russos.
No entanto, com base nesse documento que a Associação dos Imigrantes dos Países de Leste vai continuar a ser identificada pelo Ato Comissariado para as Migrações como uma associação ucraniana, de acordo com a informação a que o jornal Expresso teve acesso.
Uma classificação que aparece na listagem de associações reconhecidas pelo Estado português, apesar dos protestos da embaixada da Ucrânia.
Igor e a esposa estavam à frente da associação que, no ano passado, foi notícia depois de pelo menos 160 refugiados ucranianos terem apresentado queixa por terem sido fotocopiados documentos pessoais e serem questionado sobre o paradeiro de familiares que ficaram na Ucrânia.