Há 15 anos, Jorge Silva foi o primeiro doente a fazer um transplante de rim e pulmões, numa única cirurgia. Um procedimento pioneiro e arriscado, que resultou numa história de sobrevivência.
Fazer desporto é a prova de que Jorge Silva está bem, além da fibrose quística uma doença hereditária incurável e que lhe causava múltiplas infeções, aos 30 anos, também desenvolveu uma insuficiência renal.
Com este quadro clínico estava excluído da lista de espera para transplante.
Seguido no hospital de S. João, no Porto, foi encaminhado para o hospital da Corunha, em Espanha, e só um duplo transplante de rim e pulmões o podia salvar mas, era algo nunca antes feito.
Tinha 38 anos e arriscou submeter-se a uma cirurgia inédita que implicava muitos riscos, já que os dois órgãos exigem tratamentos opostos.
Foram dois anos a viver na Corunha, 6 meses de recuperação e 52 dias entubado nos cuidados intensivos.