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Funcionários judiciais exigem "dignidade do trabalho" e deixam desafio a Costa

O Sindicato dos Funcionários Judiciais diz que o Governo está a tempo de evitar a paralisação dos tribunais a 14 de julho, último dia antes das férias judiciais. O protesto que dura há quase mês e meio, com greves parciais, concentrou hoje os funcionários à porta do Tribunal de Portimão para exigir respostas para a falta de pessoal.

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Quem protesta compõe quase toda a força de trabalho do Tribunal de Portimão. Com 11 juízos e 4 secções do Ministério Público, vai-se fazendo a Justiça à velocidade possível para um número de funcionários muito distante da centena necessária.

“O Ministério Público está completamente depauperado”, realça Estela Ribeiro do Sindicato dos Funcionários Judiciais.

O caso tem-se agravado de ano para ano, chegando ao ponto de haver mais magistrados no Ministério Público do que funcionários judiciais.

Em todo o país, estima o sindicato, faltarão mais de 1.200 oficiais de justiça, bem acima dos 200 que o Governo se prepara para contratar.

Mantém-se, por isso, o braço de ferro iniciado no final de maio, pela revisão do estatuto profissional e pelo aumento da tabela salarial.

A greve, até agora, a tempo parcial será total a partir de 14 de julho, último dia antes das férias judiciais que é também um dia de decisões importantes em processos por todo o país.

“A greve pode não se realizar, basta que o Governo, que o senhor António Costa, diga ‘nós vamos negociar, nós vamos apresentar um caderno concreto daquilo que queremos apresentar para a justiça’" diz o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais.

O Sindicato decide também, nesse dia, novas formas de luta para realizar no último trimestre do ano.