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PSD entende que Pinto Moreira "não devia estar no exercício de funções"

O secretário-geral do partido frisa que o deputado, acusado na Operação Vórtex, foi, inclusive, “objeto de uma retirada de confiança política” por parte da direção nacional do PSD.

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O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, reitera que o deputado Pinto Moreira não devia exercer funções, segundo a direção do partido. Estas palavras surgem depois de a SIC apurar que Pinto Moreira não pretende suspender o mandato no Parlamento, apesar de ter sido acusado na Operação Vórtex.

Em declarações à SIC Notícias, o secretário-geral dos sociais-democratas esclarece que o caso em questão não envolve o partido, mas sim “um deputado eleito nas listas do PSD”, referindo-se a Pinto Moreira.

Hugo Soares relembra que o deputado foi, inclusive, “objeto de uma retirada de confiança política” por parte da direção nacional do PSD, por não representar no Parlamento “a expressão da vontade política" do partido.

O secretário-geral nota que o mandato é pessoal e que, por isso, a decisão de continuar a executar as funções parlamentares cabe a Pinto Moreira. Hugo Soares lembra que o deputado ainda pode inocentado, referindo que “assim o deseja”.

Pinto Moreira é acusado de ter recebido 50 mil euros

O Ministério Público (MP) acusa o deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira, arguido no processo Vórtex, de ter recebido 50 mil euros em 2020, para favorecer um empreendimento do Grupo Pessegueiro.

O despacho de acusação do Ministério Público, a que a Lusa teve acesso esta sexta-feira, refere que o deputado social-democrata e presidente da Câmara de Espinho entre 2009 e 2021 se comprometeu a favorecer os interesses do grupo Pessegueiro, permitindo "decisões céleres e favoráveis" nos processos urbanísticos submetidos à autarquia, desde logo o “Urban 32”.