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Já começou o interrogatório ao segundo dos quatro detidos na Operação Picoas

Ao que a SIC apurou, já estão arrestados entre 50 a 100 milhões em contas bancárias só do Hernâni Vaz Antunes em Portugal, mais 18 carros do empresário e 14 carros do Armando Pereira.

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Ao início da tarde desta segunda-feira, começou a ser ouvido o economista Álvaro Loureiro, administrador e acionista em algumas das empresas que faziam negócios milionários com a Altice.

Mas, em férias judiciais e com o juiz Carlos Alexandre de turno a diligencia teve que ser interrompida duas vezes para o magistrado ouvir detidos de outros processos.

Da parte da manhã, terminou o interrogatório de sete horas a Jéssica Antunes, filha de Hernâni Vaz Antunes, que o Ministério Público acredita ter servido de testa de ferro do pai. Jéssica já estava detida há dois dias quando o pai decidiu entregar-se às autoridades.

Hernâni Vaz Antunes é suspeito de recebimento indevido de comissões com a venda de direitos de transmissão de jogos de futebol à Altice e da criação de várias sociedades que em cinco anos lucraram 660 milhões de euros com supostos serviços à Altice.

O Ministério Público suspeita que 250 milhões são ganhos ilegais e que o Estado terá sido lesado em 100 milhões com fuga ao fisco.

O juiz vai ainda interrogar o fundador do grupo Altice, Armando Pereira, sócio e amigo pessoal de Hernâni Vaz Antunes, que terá influenciado vários negócios a favor do empresário de Braga.

Alexandre Fonseca, ex-presidente executivo da Altice, não é, pelo menos para já, arguido, mas surge neste processo como suspeito de receber vantagens indevidas na venda de imoveis e em contratos de prestação de serviços quando era CEO do grupo. Decidiu, entretanto, suspender funções na empresa para proteger os interesses do grupo, segundo diz. Era atualmente um dos representantes internacionais da Altice.