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Projeto comunitário junta várias gerações em Águeda

O Projeto OCA une teatro, música e poesia, uma mistura que acabou por se traduzir num grito à inclusão. A inciativa envolve escolas e a Universidade Sénior de Águeda.

Projeto OCA, um trabalho criativo da d'Orfeu - Associação Cultural
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Uma associação de Águeda juntou várias gerações para prestar homenagem às ocarinas, um instrumento musical feito em barro. É mais uma história que integra o projeto sobre longevidade que a SIC e o Expresso estão a desenvolver em todo o país.

Mas já lá vamos. Antes, é preciso perceber a história desde o início.

O Projeto OCA, um trabalho criativo da d'Orfeu – Associação Cultural, desenvolveu-se durante um ano letivo, em conjunto com participantes de várias escolas e instituições do concelho de Águeda, numa homenagem sonora ao barro.

"Tudo assentas nas ocarinas, o objeto e instrumento de barro que une tudo isto. Em Águeda, existiu uma fábrica de telhas onde hoje é o Centro das Artes, e todos os lugares aqui em torno são muito relacionados com o barro", explica João Pratas, diretor artístico do projeto OCA.

No Centro de Dia e Lar da LAAC, uma das entidades parceiras do projeto e onde foram dinamizadas sessões de formação quinzenais, o tema toca sobretudo a quem teve o trabalho de uma vida direta ou indiretamente, associado ao barro.

Arminda Simões, participante da LAAC, conta que fez "milhares e milhares de peças dessas".

Sucesso junto da população sénior

Através de desafios lançados pelos formadores, envolvendo momentos lúdicos e de jogo, foram os próprios participantes que criaram e adaptaram letras e melodias e que construíram as ocarinas, num processo de criação coletiva.

Junto da população sénior, as visitas quinzenais do projeto OCA foram motivo de entusiasmo.

Joana Lopes, técnica superior de animação revela que “estas atividades também ajudam na parte das demências”, realçando “a estimulação cognitiva que existe”.

A Universidade Sénior de Águeda também se associou ao projeto que ajuda na construção da felicidade.

E foi de alma aberta que, em palco, se apresentou o trabalho final, composto por teatro, música, poesia e que acabou por se traduzir num grito à inclusão.