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Ordem e FNAM criticam demora no inquérito a queixas de assédio no Hospital de Viana

O inquérito aberto em março ainda está a decorrer. Ordem dos Médicos e Federação Nacional dos Médicos unem-se nas críticas ao atraso no processo e ao facto de o diretor do serviço não ter sido suspenso de funções.

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O Hospital de Viana do Castelo foi condenado pelo despedimento ilegal de uma médica. O tribunal do Trabalho do Porto considera que a profissional foi despedida sem fundamento e por vontade de um diretor de serviço da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI).

A sentença tem um mês e dá razão à médica da UCI, o Diário de Notícias, refere que ficou provado que o despedimento foi motivado por questões de personalidade e género, e que a justificação de período experimental usada como argumento já tinha sido ultrapassada.

A Ordem dos Médicos considera lamentável o tempo que está a demorar a abertura de inquérito para apurar as queixas de assédio sexual no hospital.

“A Ordem dos Médicos já manifestou por duas vezes: presencialmente e através do ofício, o quanto entendemos ser lamentável o tempo que estar a demorar para a produção de um relatório absolutamente essencial para voltar a dar normalidade ao funcionamento da UCI do hospital”, refere Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos.

A queixa apresentada visava também a direção dos Cuidados Intensivos do hospital, cujo diretor foi no início do ano alvo de uma acusação de assédio moral por 44 funcionários do serviço.

Também a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) crítica a demora neste processo, bem como o facto de o diretor do serviço não ter sido suspenso de funções.

A SIC voltou a contactar o Hospital de Viana do Castelo, mas até ao momento não teve nenhuma resposta.