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Ventura diz que chamar procuradora-geral ao Parlamento abre "precedente gravíssimo"

O líder do Chega afirma que compreende a posição do PSD, que quer ouvir esclarecimentos sobre as buscas na sede do partido, mas considera que uma audição iria abrir um “precedente gravíssimo”.

O líder do Chega, André Ventura
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O Chega coloca-se contra uma audição à procuradora-geral da República no Parlamento, para prestar esclarecimentos sobre as buscas na sede do PSD.

André Ventura diz que compreende a posição dos sociais-democratas, mas considera que uma audição iria abrir um “precedente gravíssimo”.

“Com uma investigação em curso, independentemente dos silêncios de um lado ou de outro, o Parlamento obter esclarecimentos sobre um processo de investigação judicial ou policial abre um precedente gravíssimo”, diz o presidente do Chega.

André Ventura considera que “o Parlamento não tem legitimidade para questionar o Ministério Público e a Polícia Judiciária sobre, por exemplo, o número de meios empregues numa operação”.

Casa de Rui Rio também foi alvo de buscas

A Polícia Judiciária (PJ) mobilizou, na semana passada, cerca de 100 inspetores e peritos para buscas na casa do ex-presidente do PSD Rui Rio e na sede nacional do partido, por suspeitas dos crimes de peculato e abuso de poderes.

Segundo o comunicado da PJ, foram realizadas 20 buscas, das quais 14 domiciliárias, cinco a instalações do partido e uma a instalações de um revisor oficial de contas, dispersas pela zona da Grande Lisboa e na região norte do país.

Depois de dias conturbados, Rui Rio esteve no Jornal da Noite da SIC para clarificar o caso em que se viu envolvido.