O ano turbulento abanou o Governo e provocou 13 demissões causadas por uma mão cheia de polémicas que os partidos não esquecem: “Degradação atrás de degradação, suspeita atrás de suspeita, (…) e o senhor primeiro-ministro vêm-nos aqui falar da transformação energética e das alterações climáticas”, aponta o líder do Chega.
“Não consegue por ordem na sua própria casa (…) dá praticamente um governante por cada mês de mandato e isto não são casos e casinhos, quando muito são casos e Cravinhos”, acrescentou Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal (IL).
Casos e Cravinho porque o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, anterior ministro da Defesa, deve explicações ao país sobre o negócio com o ex-secretário de Estado, Marco Capitão Ferreira.
"O senhor primeiro-ministro disse que não desvalorizava a corrupção. Por isso deve uma palavra ao país sobre o que se passa no Ministério da Defesa e deve também dizer ao país o que vai fazer para evitar dança macabra no Governo de substituição em substituição associadas a problemas tão graves como a corrupção", lembrou a coordenadora do Bloco, Mariana Mortágua.
A resposta sobre os casos veio embrulhada numa percentagem. Os 40% de aumento de efetivos da unidade de combate à corrupção desde 2018 para rejeitar que desvaloriza o assunto.
“Vivemos num pais onde ninguém esta acima da lei, seja diretor-geral, secretário de Estado, seja ministro, primeiro-ministro seja quem for. (…) Agora há uma coisa que também tenho verificado, e com satisfação, é que dos quatros membros do Governo que saíram por algum motivo associado a uma questão de justiça nenhuma dessas questões teve a ver com qualquer ato praticado ou omitido no exercício das funções governativas”, respondeu António Costa.