Aurora Rodrigues, procuradora jubilada, defende que as autoridades já deviam ter forçado a entrada na propriedade para evitar que outras crianças possam correr os mesmos riscos do bebé Samsara.
Ligada por laços familiares, a procuradora jubilada tentou orientar o desespero do casal que viu a neta nascer entre os portões fechados do autodenominado Reino do Pineal.
“A minha prima quando falou comigo disse para procurar um advogado para pôr um processo de promoção e proteção para assegurar os direitos daquela criança.”, disse Aurora Rodrigues.
Os primos contaram a história às páginas da Visão, já depois da mesma revista ter revelado a morte de um bebé de 14 meses, no interior da seita.
A filha, Cátia Guerreiro, integrante da comunidade há três anos, tinha dado à luz uma bebé, em qualquer acompanhamento médico, num meio que já tinham visitado. Na altura, já tinham conhecido o bebé que viria a falecer.
Seguiram-se os rumores da morte de Samsara, a falta de assistência médica e a cremação. Tudo preocupações acrescidas para os novos avós, que avançam com o pedido de promoção e proteção da recém nascida.
A procuradora discorda do primeiro envolvimento da comissão de proteção de crianças e jovens. Não há acordo possível quando uma porta está fechada.
À SIC, por telefone, os avós dizem-se confiados à justiça para poderem garantir alimentação, educação e saúde à neta.
A Polícia Judiciária diz já ter o caso na sua posse, mas não esclarece se é de facto o processo para proteção da criança.