Há mais um negócio suspeito a envolver Marco Capitão Ferreira e o ex-diretor geral da Defesa, Alberto Coelho.
O Expresso avança que as obras no Palácio Bensaúde foram realizadas por uma construtora envolvida na rede de corrupção do processo Tempestade Perfeita. Estas obras iriam alojar a empresa Portugal Defense, liderada por Capitão Ferreira.
O contrato de quase 100 mil euros foi assinado por Alberto Coelho, à época o diretor-geral de Recursos da Defesa Nacional. Uma semana depois deste pagamento, Alberto Coelho recebeu da construtora RomaGest um carro, no valor de 39 mil euros.
No entanto, os trabalhos no Palácio Bensaúde não ficaram concluídos. Meses depois, foi preciso fazer novas obras e a segunda empreitada foi feita por outra construtora, contratada pela própria idD. Esta intervenção custou 128 mil euros.
A atual ministra da Defesa, Helena Carreiras, já pediu uma auditoria para analisar os contornos de todos estes negócios.
Gomes Cravinho sabia do contrato de Capitão Ferreira
João Gomes Cravinho terá tido conhecimento do contrato de assessoria que Marco Capitão Ferreira celebrou com a Direção-Geral de Recursos da Defesa. Este contrato levou o ex-secretário de Estado a ganhar mais de 60 mil euros em menos de uma semana.
Segundo avança o Correio da Manhã, o ex-ministro da Defesa terá assinado o despacho que, em janeiro de 2019, constituiu a equipa de negociação para a manutenção dos helicópteros EH-101.
Esta equipa era liderada por Capitão Ferreira e coordenada pela Direção-Geral de Recursos da Defesa, à época sob alçada de Alberto Coelho.