Primeiro-ministro e Ministério da Educação continuam em silêncio quanto ao veto de Marcelo ao diploma sobre a progressão na carreira dos professores. Os sindicatos esperavam ter o Presidente da República do seu lado após uma longa análise ao diploma, mas Marcelo vetou.
A recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias é uma possibilidade repetida pelos sindicatos e reforçada pela chumbo de Marcelo.
O chefe de Estado considera que o diploma para resolver as assimetrias criadas pelo congelamento do tempo de serviço entre 2005 e 2017 é uma frustração para os professores porque dá por encerrado um processo que cria desigualdades entre quem trabalha no continente e nas ilhas, salientando que a Educação é e deve ser uma prioridade do Governo.
Os partidos apoiam o veto de Marcelo Rebelo de Sousa. Em relação à necessidade de reabrir um processo de negociações só a Iniciativa Liberal fala de mais um episódio no “relacionamento” entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.
Já Luís Montenegro classifica a decisão como mais um “atestado de incompetência” do Governo. Para o Bloco de Esquerda, o Executivo “preferiu por necessidade abrir uma guerra com os professores”.
O decreto lei que deveria abranger 60 mil professores foi devolvido ao Governo, numa altura em que António Costa está ausente do país. Contudo terá sido previamente informado por Marcelo do veto que cria mais um conflito entre Belém e São Bento.