Os 13 marinheiros do navio Mondego podem ser abrangidos pela lei da amnistia criada para a Jornada Mundial da Juventude
A lei vai entrar em vigor em Setembro e abrange crimes ou infrações disciplinares, incluindo militares, "praticados até à meia noite de 19 de junho desde que que a pena não seja superior a suspensão".
Foi no dia 11 de março que mais de uma dezena de militares do Mondego, que se encontrava no Funchal, recusaram-se a embarcar para cumprir uma missão.
Na altura queixaram-se que o navio não tinha condições de segurança. A ordem que tinham era para acompanhar a passagem do Akademik Tryoshnikov, a norte da ilha de Porto Santo. Um navio russo apresentado como um quebra-gelo de investigação científica.
A missão do vigiar falhou após quatro sargentos e nove praças se terem recusado a seguir viagem e por causa disso foram acusados pela Marinha de desobediência a uma ordem.
A defesa dos 13 militares acusados quer agora a reconstituição dos factos.
Baseando-se em boa parte num relatório feito por um perito do Tribunal Marítimo, que no entender dos advogados, mostrava que o navio tinha gravíssimos problemas de segurança que punham em risco a tripulação.
Amnistia
O Parlamento aprovou o texto final da proposta de lei do Governo que estabelece o perdão de penas e amnistia de infrações praticadas por jovens a propósito da Jornada Mundial da Juventude, que decorre em Lisboa em agosto.
O texto do Governo mereceu votos a favor de PS, PSD, Bloco de Esquerda, PCP, PAN e Livre, enquanto Chega e Iniciativa Liberal se manifestaram contra.
A proposta de lei da amnistia foi aprovada na segunda-feira na especialidade no parlamento com alterações de PS e PSD, mantendo os limites etários e entrando em vigor só em 1 de setembro.