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Morte de idoso no hospital: "Transporte podia ter sido feito em tempo útil", dizem bombeiros

Podia ter sido um dia igual a tantos para Pedro Guerreiro, dos bombeiros voluntários de Camarate, mas a morte do idoso no hospital Beatriz Ângelo mexeu com este bombeiro com 14 anos de experiência.

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Um dos bombeiros que acompanhou António Fernandes diz-se chocado com as circunstâncias da morte do idoso de 93 anos. Pedro Guerreiro saiu do quartel dos bombeiros de Camarate ao início da tarde desta segunda-feira para fazer o transporte de António Fernandes, um idoso que tinha caído no lar.

A situação do idoso agravou desde que deu entrada no hospital Beatriz Ângelo. Depois da triagem, António Fernandes esteve cerca de três horas até fazer os primeiros exames. Foi-lhe detetada uma fratura no colo do fémur e foi ordenado um procedimento cirúrgico para ser, depois, reencaminhado para o hospital de Santa Maria.

A morte do idoso aconteceu enquanto esperava pelo transporte para o hospital de Santa Maria.

A administração do Hospital Beatriz Ângelo anunciou esta terça-feira a abertura de um "processo de inquérito com caráter de urgência" para investigar a morte de um paciente de 93 anos. O hospital terá alegado não ter transporte e recusado a ambulância dos bombeiros de Camarate para transportar o idoso com uma fratura no colo do fémur.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Camarate afirma que as urgências do Hospital de Loures estavam caóticas esta segunda-feira. Segundo a imprensa desta terça-feira, o hospital chegou a ter 20 ambulâncias paradas à porta devido à falta de macas e ao elevado tempo de espera.