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Ventura não exclui candidatura a Belém se as opções forem Santos Silva e Marques Mendes

O líder do Chega explica que o partido procurará acabar com o “domínio” destas duas personalidades “que não são boas para a democracia nem para Portugal”.

André Ventura discursa durante o jantar comício de rentrée político do partido, em Lagos.
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André Ventura admite recandidatar-se à Presidência da República, em 2026, se as opções forem Luís Marques Mendes e Augusto Santos Silva.

Um dia depois de Luís Marques Mendes revelar que poderá candidatar-se a Belém, André Ventura garante que o Chega poderá apresentar um candidato a Presidente da República em 2026, face ao “cenário muito esquisito que é a possibilidade de termos Augusto Santos Silva como candidato de um lado e Luís Marques Mendes do outro”.

O líder partidário explica que o Chega procurará acabar com o “domínio” destas duas personalidades “que não são boas para a democracia nem para Portugal”.

Não avança nomes, mas reitera que o candidato apoiado pelo partido terá como objetivo quebrar "esta bipolarização que é inaceitável nesta democracia". Não exclui, no entanto, que esse candidato possa voltar a ser ele próprio.

Marques Mendes admitiu poder vir a ser Presidente

No seu comentário televisivo na SIC, no domingo à noite, o ex-presidente do PSD Luís Marques Mendes admitiu uma candidatura presidencial "se houver utilidade para o país" e "um mínimo de condições para avançar", rejeitando ter qualquer decisão neste momento ou acordo com o líder social-democrata, Luís Montenegro.

"Se eu um dia achar que com uma candidatura à Presidência da República posso ser útil ao país -- é isso que conta -, se vir que tem alguma utilidade para o país uma candidatura minha e um mínimo de condições para se concretizar, sou franco, tomarei essa decisão, independentemente de acordo ou não acordo", afirmou.

O antigo líder parlamentar frisou que se trata de "uma decisão livre, pessoal e individual". "Insisto: se houver utilidade para o país e um mínimo de condições, se não houver estes requisitos não haverá decisão nenhuma e também está tudo bem", disse Mendes, considerando que "é uma decisão muito pesada" e salientando faltar "uma eternidade" para as presidenciais de janeiro de 2026.