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"Russofobia" é “disparate total", defende Marcelo Rebelo de Sousa

Na Universidade de Verão do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa disse que nunca alimentou a marginalização da história e da cultura da Rússia.

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Marcelo Rebelo de Sousa esteve, na noite desta quarta-feira, na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, Portalegre, e aproveitou o momento para deixar algumas palavras sobre a guerra na Ucrânia, após a visita a Kiev na passada semana.

O Presidente da República começou por defender que nunca alimentou a “russofobia” e que aquilo a que se assistiu foi um “disparate total”.

“Não se toca mais compositores russos, são se passa mais filmes russos (...) toda a cultura russa é emitida…isso é uma coisa sem senso, e quem pensa assim, quem reage assim, perde boa parte da sua razão quando defende a causa que quer defender. É uma forma estúpida de defender uma causa, que é realmente uma ofensa à inteligência e uma ofensa àquilo que deve ser a nossa visão do mundo”, defendeu.

Após ter feito esta sua primeira prevenção, acabou, igualmente, por explicar que quando se está perante uma guerra, ao lado da razão há emoção. E não só. “A política hoje é muito mais emoção do que razão". Confessou não saber se isso é, de facto, bom, mas é o período “em que se vive”.

Por último, também fez referência ao seu “estilo muito aberto e extrovertido”, mas conta apenas o que realmente pode falar, porque “é evidente que há aspetos que por razões de Estado são para ser tratadas com descrição”.

No seu discurso também houve espaço para uma rápida aula de história.

“O mundo que saiu da II Guerra Mundial era bipolar, com duas super potências: EUA e União Soviética e viveu-se assim durante décadas. Isto terminou com a queda do Muro de Berlim”, começou por explicar, referindo-se que depois o “mundo passou a ser unipolar, (...), mas condicionado”.