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Marinha afundou três navios no último ano e meio

A Marinha diz que durante o processo de abate foi retirado "todo o material que não integrava a própria estrutura do navio" e "todos os produtos que pudessem afetar pessoas ou o ambiente".

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A Marinha portuguesa deixou afundar três navios no último ano e meio, nos antigos estaleiros da Lisnave. O último começou a meter água há poucos dias.

O patrulha Cacine foi construído nos finais dos anos 60 para servir nos chamados territórios ultramarinos. Esteve prometido ao arquipélago da Madeira para ser afundado como recife artificial, mas há uma semana começou a afundar no Tejo.

Os navios estavam nos antigos estaleiros da Lisnave a aguardar então uma última missão. A Marinha diz que durante o processo do abate dos navios foi retirado "todo o material que não integrava a própria estrutura do navio, todos os produtos que pudessem (...) afetar pessoas ou o ambiente".

Coordenador dos trabalhos de afundamento mostra preocupações

Alberto Braz foi responsável pela preparação de dois navios afundados para recifes artificiais no Porto Santo e na Madeira. Duvida que não haja aqui fonte de poluição, até porque só os trabalhos de descontaminação duram cerca de três meses.

Outro dos navios, a Corveta João Coutinho afundou nos antigos estaleiros da Lisnave em fevereiro do ano passado. Já a Batista de Andrade, em abril deste ano.

A Marinha acrescenta que foram assinados protocolos com o Governo Regional da Madeira e dos Açores para a cedência de alguns deste navios para recifes artificiais, mas que entretanto revogaram. Neste momento, "devido ao desgaste dos navios" é já impossível "o seu reboque para tão grandes distâncias". Está em marcha já um processo para o desmantelamento dos navios.