As contas de Rui Pinto com a Justiça parecem longe do fim. Está acusado de 377 crimes num processo que ainda não chegou a julgamento. É também alvo de uma outra investigação por novas suspeitas de pirataria informática.
Há três anos, pelo menos, que tem um nome de código secreto atribuído no âmbito do programa de proteção de testemunhas.
Vive 24 horas por dia em permanente proteção exclusiva do Corpo de Segurança Pessoal da PSP, numa casa paga pelo Estado português e cuja localização só a família e algumas, muito poucas, autoridades conhecem.
A SIC apurou que Rui Pinto também tem viatura cedida pelo Estado e um subsídio de subsistência mensal.
Rui Pinto do lado da autoridade
Natural de Mafamude, Vila Nova de Gaia o pirata informático português mais famoso no mundo, agora com 34 anos, colaborou com a Polícia Judiciária a tratar a informação dos discos rígidos que lhe foram apreendidos.
As autoridades procuravam novos indícios de crimes em vários setores, incluindo o mundo do futebol e Rui Pinto terá dado uma ajuda em troca da liberdade e da suspensão em alguns processos em que era suspeito.
A Polícia Judiciária nunca quis falar do assunto, mas segundo o que a SIC apurou Rui Pinto nunca terá recebido qualquer contrapartida financeira em troca da colaboração.
As contas com a Justiça ainda parecem longe do fim, há dois meses que enfrenta uma nova acusação.
377 crimes informáticos relacionados com um processo separado do Football Leaks e desse já saiu uma nova certidão, a defesa chamou-lhe odisseia.
O pirata informático diz que é apenas um denunciante e deveria ser protegido, já assumiu no entanto em tribunal que não voltaria a fazer o que fez e que o crime não compensa.