País

Estudantes do grupo Greve Climática bloqueiam entrada do Conselho de Ministros

Devido aos protestos, chegou a ser ponderado alterar o local do Conselho de Ministros para o Palácio de São Bento, mas acabou por realizar-se em Algés.

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Cerca de 20 estudantes do grupo Greve Climática Estudantil bloquearam esta manhã todas as entradas para o Conselho de Ministros, em Algés, no concelho de Oeiras. Devido aos protestos, chegou a ser ponderado alterar o local do Conselho de Ministros para o Palácio de São Bento, o que acabou por não acontecer. Vários ativistas foram detidos no final do protesto que bloqueou as entradas do complexo junto ao rio Tejo, como deu conta a repórter da SIC, Ana Geraldes.

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A porta-voz do coletivo Greve Climática Estudantil disse à Lusa que foram detidos 17 ativistas que bloquearem o acesso ao Conselho de Ministros.

Os estudantes usaram cola e alguns ficaram emparelhados com tubos de ferro que tapam as mãos e os braços, estando agarrados uns aos outros nas portas de acesso ao edifício das instalações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

“É inaceitável que os governos não coloquem nas reuniões a crise climática no centro da mesa de discussão. A humanidade registou os meses mais quentes de sempre e vai ser mais intenso. Já sabíamos disto quando começámos os primeiros protestos em 2019”.

"Estamos a bloquear todas as entradas onde vai decorrer o Conselho de Ministros. Estamos colados aos portões e em outros casos usamos tubos de ferro", disse Beatriz Xavier, porta-voz dos ativistas.

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A porta-voz afirmou ainda que os estudantes "não queriam estar aqui", mas precisam de se manifestar.

"Somos desprezados. Segundo o último relatório da ONU, estamos no limite. O ano 2023 é fulcral", acrescentou.

Miguel A. Lopes/ Lusa

PSP reforça presença junto ao protesto climático

A Unidade Especial da Polícia de Segurança Pública reforçou a presença em frente à entrada principal das instalações onde deveria decorrer o Conselho de Ministros e foi bloqueada por 20 ativistas climáticos.


Entretanto, a Avenida Alfredo Magalhães Ramalho, junto a uma rotunda que dá acesso à entrada principal das instalações, em Algés (concelho de Oeiras, distrito de Lisboa), foi bloqueada por veículos da Unidade Especial.

Os trabalhadores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e de outros organismos que funcionam no complexo onde deveria decorrer a reunião do Conselho de Ministros - e que se encontram no exterior - foram afastados pela polícia, que deixou isolados os manifestantes presos aos portões.

A reunião do Conselho de Ministros estava prevista para as 9:30, mas devido ao protesto teve início com cerca de meia hora de atraso.