País

Crise no alojamento estudantil: em Évora são necessárias duas mil camas

A falta de alojamento para estudantes tem vindo a piorar. Em Évora, por exemplo, o número de vagas aumentou, mas a oferta de alojamento é reduzida e os preços são cada vez mais elevados.

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É o início de um novo ano letivo na Universidade de Évora, mas os problemas continuam a ser velhos: alojamento.

Com a pouca oferta disponível e os preços elevados dos quartos, Maria viu-se obrigada a ficar em casa de familiares em Montemor-o-Novo, a 30km de Évora, utilizando apenas os transportes públicos.

"Tenho que me levantar cedo para começar as aulas às 09h. Na parte da tarde, condiciona-me um bocadinho porque eu saio às 18h e o último autocarro é às 18h35. Tudo o que é convívio e integração não sou capaz", confessa a estudante.

Pouca oferta para muita procura. A dificuldade em arranjar alojamento em Évora repete-se ano após ano e a tendência é para piorar com o aumento do número de alunos.

A tão prometida nova residência para estudantes torna-se cada vez mais necessária, assim como as anunciadas transformações de antigos edifícios em alojamento.

"É necessário como todas as outras e muito mais. Aquilo que nós estimamos para um universo de cerca de 60% de deslocados é que teriamos de ter no mínimo (...) cerca de duas mil camas", explica o presidente da Associação Académica da Universidade de Évora, Henrique Gil.

A promessa é de uma nova residência em 2026 que poderá ajudar, mas ainda assim é insuficiente para resolver o problema da falta de alojamento para os estudantes universitários em Évora.